8 de março de 2016

Deadpool

Dead Safadão  

Dir: Tim Miller, EUA, 2016, 1h48min
IMDB                 Trailer


Uma comédia de humor negro da Marvel? Por aí... Deadpool é o mais recente filme de super herói na praça. Uma produção relativamente modesta para esse tipo de filme, que custou 58 milhões de dólares quando o normal é gastar uns 200, o filme busca um personagem da Marvel pouco conhecido pelo grande público e faz muitas piadas com tudo, desde o gênero, passando pelo filme e até com o ator principal. Piadas até demais...

A trama mostra o mercenário malandrão Wade Wilson, que após um tratamento para se livrar de um câncer terminal adquire poderes que o tornam indestrutível, de maneira semelhante ao Wolverine. Mas o tratamento não era só para seu benefício. Além de extremamente duro, o objetivo final era vender os poderes mutantes que ele iria adquirir a quem pudesse pagar. E também levou o personagem a ficar desfigurado. Surge então uma estória de vingança em que Wade, transformado em Deadpool, resolve matar o homem que conduziu a experiência.

A sinopse, como se pode ver, é bem simples: uma estória de vingança e que depois se torna uma estória de resgate da mocinha aprisionada. Este não é o problema do filme, pois como mostrou o recente O Regresso, uma trama simples pode render uma boa estória. Mas o problema, como quase sempre em cinema, é como contar a estória.

Deadpool busca fazer isso por meio de violência extrema (tanto que no Brasil é proibido para menores de 16 anos), muito humor, quebra da quarta parede (quando o personagem conversa com o público) e diversas referências a outros filmes. No começo é divertido, a começar pelos créditos. Mas depois de uns 20 minutos, parece que é a mesma piada sendo repetida e repetida. Dá vontade de falar: "Tá bom, já entendi que você é bocudo e faz graça com tudo! Já deu!". Lembrou-me de quando assisti a Minha Mãe é Uma Peça, que desisti de ver na metade, por conta da afetação da personagem do Paulo Gustavo. Lembra um pouco também as paródias besteirol do tipo Todo Mundo em Pânico, por conta do amontoado de referências.

Ryan Reynolds, ao menos, se encaixa melhor neste papel do que no que ele sempre faz nas 5000 comédias românticas em que já "atuou". Ele realmente parece ser um tagarela chato. Mas também ele tem a malandragem e a entonação necessária para o estilo do personagem. Também no elenco a brasileira Morena Baccarin, interpretando a namorada de Deadpool.

Na parte técnica nada de muito inovador no cenário de super-heróis. O mais interessante são algumas cenas de ação com as acrobacias de Deadpool. Mas fica bem claro que é um filme de herói de pequeno orçamento (o que o próprio filme satiriza).

Deadpool é um filme que vai agradar além dos fanáticos por quadrinhos a um público muito específico: o dos filmes de ação, que gostam de comédias de humor negro e que não ligam muito pra roteiros sem muito a oferecer Quem gosta de somente um desses estilos não vai aproveitar muito. Como a parte de ação não é muito minha praia, não é o meu filme.

Nota: 4


P.S.: Em breve mais pitacos de filmes de super heróis que estrearão em breve: Batman vs Superman e Capitão América: Guerra Civil.

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